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Fonte: Greenpeace |

Navio da Greenpeace "Esperanza" navega pelas águas da África Ocidental

ESPERANZA navegará por 11 semanas nas águas de seis dos sete países pertencentes à Comissção Sub-Regional de Pescas (CSRP), nomeadamente, Cabo Verde, Guiné, Guiné Bissau, Mauritânia e Senegal

A sobrepesca e a pesca ilegal nas águas da África Ocidental é uma ameaça à segurança alimentar, à reserva de peixes e à saúde dos oceanos

PRAIA, Cabo Verde, 24 de fevereiro 2017/APO/ --

O navio Esperanza da Greenpeace (www.Greenpeace.org/Africa/en) chegou hoje ao Porto da Praia. Esperanza navegará por 11 semanas nas águas de seis dos sete países pertencentes à Comissção Sub-Regional de Pescas (CSRP), nomeadamente, Cabo Verde, Guiné, Guiné Bissau, Mauritânia e Senegal, em que o principal objetivo é promover um debate sobre a situação da pesca, através de encontros com as entidades responsáveis pelo sector, associações e a comunidade científica da África Ocidental. A "Expedição de esperança na África Ocidental" prentende conscencializar o mundo sobre a importância da preservação dos oceanos e dos recursos marinhos.

"A Greenpeace ao trazer este navio à África Ocidental pretende, mais uma vez, reforçar o seu comprimisso em trabalhar com as comunidades locais e os governos, alertando sobre algumas situações que tem vindo a flagelar a região por décadas, como a sobrepesca e a pesca ilegal", disse a Diretora Executiva da Greenpeace África, Njeri Kababeri.

As águas da África Ocidental são das mais ricas no mundo. Milhões de pessoas, assim como muitas comunidades, dependem destas para sobreviverem. No entanto, a população desta região tem aumentado de forma exponencial e em contrapartida, a reserva de peixes tem vindo a diminuir devido a sobrepesca, mudanças climáticas, poluição e destruição de importantes habitats.

"A sobrepesca e a pesca ilegal nas águas da África Ocidental é uma ameaça à segurança alimentar, à reserva de peixes e à saúde dos oceanos. É imprescindível a colaboração entre os estados-membros, pois, esta irá reforçar a aproximação regional, o que contribuirá para uma melhor gestão dos recursos marinhos nesta região", afirma Ibrahima Cissé, responsável da Campanha dos Oceanos.

Nos últimos 15 anos a Greenpeace documentou e denunciou a forma de atuação de navios ilegais em águas profundas que mudaram a sua frota para as águas da África Ocidental depois de sobreexplorarem as reservas de peixes do seu próprio oceano. China, Rússia e outros países da Europa, são as frotas mais protuberantes. Suas atividades nas águas desta região têm comprometido a segurança alimentar e a subsistência das comunidades costeiras que na sua maioria dependem da pesca artesanal.

"Recentemente o crescimento desenfreado da pesca artesanal e industrial, seguido da não regulamentação, tem acentuado o problema. Os estados-membros da África Ocidental terão de trabalhar juntos e unir esforços para salvaguardar suas águas. Uma gestão sustentável dos recursos destes países, especialmente dos pequenos palágicos, é o primeiro passo para garantir uma reserva de peixes para a presente e as futuras gerações", acrescenta Ibrahima Cissé.

Nos próximos dois meses o navio Esperanza irá trabalhar junto das autoridades para alertar sobre a urgência na resolução da gestão insustentável da pesca e apelar para um forte sistema de controlo na região.

Distribuído pelo Grupo APO para Greenpeace.

Contactos:
Bakary Coulibaly
Responsável de Comunicação – Greenpeace África
BKouliba@Greenpeace.org
Senegal: +221 773336265
Praia: +2389764218

Ibrahima Cissé
Responsável da Campanha dos Oceanos – Greenpeace África
ICisse@Greenpeace.org
Senegal: +221 770998842 
Praia: +2389764217